Quando o medo chega
Quando o medo chega, a gente pode agir de duas formas, encarar ou se esconder.
Tive medo muitas vezes na vida claro, muitas vezes me escondi enquanto o que me amedrontava estava me rondando. Mas aprendi que tem coisas devem ser encaradas de uma vez por todas e assim a gente se livra do medo ou do problema de uma vez.
Aprendi a ser forte com minha mãe, que me ensinou que não devemos esperar que o que queremos “caia do céu” e que não devemos depender dos outros para o que queremos. Devemos batalhar por tudo que desejamos.
Aprendi a ser forte com meu pai, que sempre me incentivou a realizar as coisas que eu tinha vontade e muitas vezes me ajudou, quando tudo o que eu queria era desistir de uma vez.
Casei com um cara que me fez ser forte, nós não tínhamos outra opção, a vida nunca foi muito fácil para a gente. Aprendi a me virar e se tinha medo ele praticamente me dizia, vai com medo mesmo.
E assim foi…
A vida começou a pegar um pouco mais leve conosco e pudemos voltar a sonhar.
Compramos nossa casa, tivemos algumas perdas doloridas, mas aos poucos as coisas foram se encaixando e melhorando novamente.
Quando fizemos nossa primeira viagem ao exterior, eu só pensava em como a gente ia se virar por lá, o Jef e a Fer fizeram curso de inglês, mas não praticavam conversação. E olha só, deu tudo certo!
Talvez a gente tenha tido sorte de encontrar pessoas muito bacanas e com paciência na Europa, mas não tivemos problemas com a língua por lá. No meu caso, entendo um pouco de inglês, mas na hora de falar, sai tudo em português mesmo.
Quando chegamos em Roma, o Jef queria assistir um jogo de futebol que estava passando, mas já estava na hora do jantar e eu e as crianças morrendo de fome. Pensei “bem ou morro de fome até acabar o jogo, ou vou me virar”. Peguei a Fer e fomos até a recepção do hotel, porque ela podia falar em inglês e tentar explicar que queríamos indicação de um local para comprar comida. Começamos a falar com a recepcionista e daí veio a surpresa… Ela perguntou “falam brasileiro?” quase chorei. Ela falava e entendia melhor o bom e velho português (que ela dizia que era brasileiro, mas tudo bem) e a gente podia se comunicar.
Resultado, em menos de 30 minutos estava voltando para o hotel com uma pizza quentinha e feliz da vida. Pois é, até na pizzaria as coisas ficaram mais fáceis, embora tenha o pedido tenha sido na base de apontar o cardápio e no pouco inglês da Fer e da pessoa que nos atendeu.
O que quero dizer com isso? Que o fato da recepcionista tem falado em “brasileiro” me deu mais segurança e venci o medo daquela situação.
Tivemos várias outras situações que nos fizeram vencer nossos medos e encarar as coisas de frente e com isso, aproveitamos várias oportunidades na vida. Sim, são pequenas vitórias como a minha de Roma que nos impulsionam e nos levam adiante. E são estas mesmas que nos motivam a querer cada vez mais. E você, vai encarar?